terça-feira, 1 de outubro de 2013

01_10_2013

Hippientistas

Novo Zelotes

Hippientistas - 30_09_2013

Texto para Revista da Mostra

Neste momento as águas se acumulam nos olhos. 6 anos em 3.500 caracteres... ok, vou tentar.
 Já foi um musical, já foi Nelson Rodrigues, já foi uma tragédia grega, já foi um espetáculo sem texto... tanta coisa. Acabou vencendo a jovem Kim e sua jornada. Ela já estava guardada nos arquivos do computador havia tanto tempo, mas realmente não poderia ser outra história. São tantos os obstáculos que surgem no caminho dessa menina, que tentam fazê-la desistir. E desde meus 15 anos de idade, foram tantas as pessoas que me diziam para desistir, para tentar outra área, pois eu não tinha “pinta de artista”. Talvez eu tenha escrito essa peça, lá em 2008, de forma inconsciente [e premonitória] para retratar toda a minha trajetória até este momento tão marcante: minha formatura.
Em setembro de 2012, durante um trabalho que realizei no Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens [FIL], esbarrei com Hugo e Ines e sua extraordinária arte. Foi amor à primeira vista. Quando assisti ao espetáculo Cuentos Pequeños, tive a certeza de que aquela linguagem traduzia algo que se passava dentro de mim. E a confirmação chegou quando estive nos três dias de oficina que Ines Pasic ministrou no teatro do Jockey. A ficha caiu e Kim mostrou, então, que estava preparada para ganhar vida através daqueles joelhos engraçados, pés tão alegres e mãos absolutamente expressivas que eu havia acabado de conhecer. Assim que a mestre recomendou, a nós alunos, que déssemos continuidade àquele estudo que havíamos iniciado juntos, corri para chamar as pessoas mais queridas, com quem eu gostaria de dividir essa minha mais nova diversão.
E o tema da mostra nesse ano Manifestar alcança a essência deste projeto. Cheguei na reta final da minha formação acadêmica sem ter entrado em qualquer discussão, dentro de sala de aula, a respeito do teatro feito para crianças. Ora essa, será ele algo irrelevante? Não pode ser considerado como uma possibilidade de pesquisa cênica? Mas é claro que sim. Não desejo me tornar um diretor de teatro infantil [apenas]. É mais uma entre tantas vertentes. O interessante é poder transitar por diferentes ideias em cada nova oportunidade de criação surgida. Tenho espírito de cientista e o que mobiliza minha consciência criativa é a possibilidade de realizar experimentos. Tem público melhor do que esses pequenos que são sempre tão transparentes e sinceros com o que assistem? Eles são um excelente termômetro. Por isso quero trazer essa discussão para dentro dos muros da universidade, na tentativa de um fortalecimento do tema.
Aproveito essas linhas para agradecer àqueles que deixaram sua marca nesta jornada: Letícia Bianchi, por ceder a casa onde preparei o macarrão com espinafre que seduziu o elenco em nosso primeiro encontro; Márcio Moura, com sua tão agradável troca de experiências; aos pais do Ricardo por nos abrigarem durante um tempo lá no alto do Cosme Velho; a Vitor Martinez, Ike de Henrique e Thômas Santos por suas vivências.
Estou ansioso para abrir esse nosso pequeno mundo. Sejam muito bem vindos. Torço para que saiam deste espetáculo com a mesma euforia e o mesmo brilho nos olhos que percebi nos meus atores quando ocorreu o primeiro contato com esta técnica tão instigante, pois é por isso que luto. Meu trabalho só faz sentido quando provoca um olhar reluzente. Dessa maneira, meu coração amolece e a sensação de ser humano fica plena. Que possamos sempre ser generosos.

Divirtam-se!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

PROJETO FINAL

Oi, gente

segue abaixo o link para todos baixarem o projeto final do nosso Quinho.

http://www.4shared.com/office/vsipfRE5/Projeto_de_Encenao_-_A_JORNADA.html?

Todos devem ler para debatermos no nosso próximo encontro geral.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

pensamentos de uma tarde de desenhos animados

- momentos de triangulação e seus tempos.
- em vários casos, as ações são precedidas por um pequeno impulso (Laura fez link com as técnicas da commedia dell'arte).
- pensar o entendimento dos tempos de: 1) criação de uma imagem; 2) percepção e entendimento do espectador; e 3) descontrução da imagem.
- simplicidade de ações.
- em alguns casos, vemos os arquétipos dos princípios de comicidade, quase "puros": quebra de expectativa, contraste, exagero etc.
- qual o limite da verossimilhança? até que ponto os personagens podem caminhar no ar e outras coisas do tipo?
- necessidade da palavra: falar somente o que é essencial, achar as palavras justas.
- a partir do momento em que o espectador entende quem é o personagem e se familiariza com a situação, abre-se um espaço muito grande para o surrealismo: provavelmente o espectador vai acreditar em tudo (desde que sejam estabelecidos códigos claros).